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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O efeito crise nas empresas portuguesas.

As estatísticas referem que as insolvências em Portugal, mais que duplicaram, no primeiro semestre do ano.
Em virtude da crise económica, que assola a Europa, dizem os nossos governantes, sabichões e dotados de uma inteligência sobrenatural, e que tão bem nos governam.

Ora isto é ridículo, no ultimo século, Espanha faliu catorze vezes, e não passamos por catorze crises.....
O que assistimos hoje é fruto da nossa ignorância e chico-espertismo, tão comum aos portugueses, mas somos assim à séculos, basta olhar para a nossa história.

O sector económico mais afectado, foi e continua a ser o da construção civil, e é fácil perceber porquê, qualquer servente mal formado e sem a mínima noção de gestão, passava a construtor civil, num ápice, naturalmente, com a redução da oferta, essas empresas são excedentárias, logo têm de fechar, até porque nunca chegaram a ser empresas, foram devaneios de uma súbita riqueza artificial e mal administrada.

Os restantes sectores económicos, soçobraram perante a impassividade dos seus gestores, o mundo contínua a gastar, calçado, roupa, carros, e demais produtos, Portugal está em crise à três décadas, e não entendo, sendo Portugal o país que mais mal paga aos seus trabalhadores, consegue ter os mais altos preços na Europa, o nosso nível de competitividade é nulo, face a homologas europeias, e porquê?

Culpa do governo, em parte, mas não são os únicos carrascos deste flagelo económico, na medida em que, o nosso tecido empresarial é gerido por iletrados, vigaristas e esbanjadores, que sabem passar impunes aos crimes económicos que cometem, levando empresas a falir, para esses pontos negros da sociedade, deveria de existir legislação que os punisse, e lhes retirasse o fruto do saque, que efectuaram às empresas, o código comercial em vigor, confere capacidade jurídica , dotando-as de personalidade, e obriga à nomeação de responsáveis para a sua condução, mas que em raros casos, o incidente de qualificação é danoso, no processo de insolvência.

O nosso tecido empresarial, salvo algumas excepções, é mal gerido, fruto dessa bestialidade, são os 11% de taxa de desemprego, as elevadas dividas à administração fiscal e segurança social, e a bola de neve financeira que se cria e alimenta, que por onde passa, destrói e debilita tesourarias.

A quota-parte de culpa do governo, cinge-se à sua inoperância, e à carga fiscal induzida nas empresas, os órgãos fiscalizadores governamentais, são liderados por compadrios e gente sem formação, arrogantes e estúpidos, um exemplo disso é o ACT (autoridade para as condições no trabalho), está povoado de gente, que só trabalharia ali, são ignorantes natos e arrogantes, que em nada fomentam a manutenção de postos de trabalho, agarram-se a uma legislação fútil (tanto para trabalhadores como entidades patronais), o problema do desemprego só será solucionado, quando forem solucionados os problemas das empresas, a fiscalização só se torna útil, quando ajuda a solucionar, essa deveria ser a meta do governo, fiscalizar sim e com dureza, mas em vez de coimas, providenciar a ajuda (e não entendam ajuda com financiamentos), e em vez de inspectores mal formados e arrogantes, envie pessoas educadas que saibam gerir crises e conflitos, que sejam uma mais valia.

Ouro exemplo da ignorância dos nossos governantes, é a ASAE, estes senhores armados em rambos, são o culminar da nossa fraca inteligência, mas não me vou adiantar com estes palhaços governamentais, porque será perder tempo duas vezes.....

No entanto, as nossas empresas fecham, porque as mesmas, tem princípio, meio e fim, tal como as pessoas, as empresas também esgotam as suas vidas, e à que encarar esse fenómeno como natural e próprio, não obstante ao facto, que muitas nascem sem o mínimo de condições de vida, e a sua existência afecta terceiras, que vêm assim, a sua vida encurtar também.

Eu, considero que a crise, foi benéfica, para o nosso tecido empresarial, possibilita um rejuvenescimento das empresas geridas por gente séria, e mata as que em nada contribuíam para a sociedade, trava também aqueles que, pensavam ser patrões, sem o mínimo de conhecimento de causa, à pessoas que a sua vocação é trabalhar por conta de outrem, e quanto a isso, nada a fazer. 

Só mais um pequeno reparo, a EDP, deteve o monopólio da rede eléctrica anos a fio, na década de 90, absorvia 99% do mercado, com a liberalização do sector, ( desde 2000 e tal), recuou para os 48%, dados de 2009, em 2010 o seu administrador o Mexia, foi presenteado com 3 salários de bonificação, mas então?
Já se premeia burros? concedem-se bonificações aos administradores que percam clientes? esse Mexia devia de ser preso, e quem lhe concedeu o prémio, ser companheiro de cela.

Não acredito que a EDP, perde-se clientes se reduzi-se as tarifas, a julgar pelos resultados líquidos apresentados (1.024M €), que foram 6% menos que o resultado do exercício anterior, concerteza que as tarifas podem baixar.....

Mas isto é o espelho do nosso tecido empresarial, gatunos e vigaristas, é o que temos..............

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